Conclave para escolha do novo papa começa na quarta-feira (7) no Vaticano

O conclave que escolherá o novo papa começa nesta quarta-feira (7), no Vaticano. A votação reunirá 133 cardeais com menos de 80 anos. Entre os principais nomes cotados para assumir o comando da Igreja Católica estão italianos, um americano, um filipino e até mesmo um brasileiro.
A sucessão ocorre em um momento de expectativa sobre os rumos da Igreja após o papado de Francisco, que morreu no dia 21 de abril, aos 88 anos. Durante seus 12 anos de pontificado, ele promoveu reformas significativas, buscou aproximar-se de minorias e adotou uma postura voltada aos pobres.
Desde a morte do papa, a Igreja vive o período conhecido como Sé Vacante, em que não há um pontífice em exercício. A previsão é de que o novo papa seja eleito nos próximos dois dias.
Entre os favoritos, há representantes de diversas regiões do mundo e de diferentes correntes internas da Igreja, que vão desde nomes alinhados ao legado de Francisco até outros de perfil mais conservador.
Conheça alguns dos principais candidatos:
Jean-Marc Aveline (França)
Arcebispo de Marselha, o francês Jean-Marc Aveline, 66 anos, é conhecido por seu estilo descontraído e sua afinidade com as ideias de Francisco, especialmente em temas como imigração e diálogo inter-religioso. Nascido na Argélia em uma família de imigrantes espanhóis, Aveline é doutor em teologia e se destacou ao organizar uma conferência internacional sobre o Mediterrâneo, com a presença do papa.
Péter Erdő (Hungria)
Aos 72 anos, o húngaro já era cotado no conclave de 2013. Conservador em teologia, é respeitado por sua atuação na Nova Evangelização, voltada à revalorização da fé em países secularizados. Sua postura sobre migração gerou polêmica em 2015, mas ele recuou após diálogo com Francisco.
Mario Grech (Malta)
Natural da ilha de Gozo, o maltês Mario Grech, 68 anos, comanda o Sínodo dos Bispos. Inicialmente conservador, tornou-se defensor das reformas de Francisco. Destacou-se por sua abertura ao diálogo com a comunidade LGBTQIA+ e foi elogiado pelo próprio pontífice por seu posicionamento.
Juan José Omella (Espanha)
Arcebispo de Barcelona, Omella tem 79 anos e é reconhecido pelo trabalho pastoral e por seu compromisso com a justiça social. Vive de forma simples e defende uma Igreja mais voltada aos pobres, alinhado à visão de Francisco.
Pietro Parolin (Itália)
Diplomata do Vaticano, Parolin tem 70 anos e atua como secretário de Estado desde 2013, um dos cargos mais influentes na estrutura da Igreja. Teve papel importante na reaproximação com China e Vietnã. Apesar de discreto em questões sociais polêmicas, é visto como um nome forte.
Luis Antonio Gokim Tagle (Filipinas)
Conhecido como o “Francisco Asiático”, o cardeal filipino de 67 anos é defensor da justiça social. Com ampla experiência pastoral e administrativa, lidera o Dicastério para a Evangelização e é considerado um dos favoritos entre os alinhados ao estilo de governo de Francisco.
Joseph Tobin (Estados Unidos)
Arcebispo de Newark, aos 73 anos, Tobin seria o primeiro papa norte-americano. Defensor dos direitos de imigrantes e da inclusão LGBTQIA+, ganhou reconhecimento por sua postura transparente durante escândalos envolvendo a Igreja nos EUA.
Leonardo Ulrich Steiner (Brasil)
Natural de Santa Catarina, Steiner, 74 anos, foi o primeiro cardeal da Amazônia. É doutor em Filosofia e tem longa atuação pastoral e acadêmica. Atualmente é arcebispo de Manaus e representa a presença latino-americana entre os candidatos.
Peter Turkson (Gana)
Cardeal de 76 anos, Turkson é um dos nomes mais conhecidos da África Subsaariana. Combinando atuação pastoral e experiência em cargos do Vaticano, é defensor da justiça social e foi um dos principais conselheiros de Francisco em questões ambientais.
Matteo Maria Zuppi (Itália)
Arcebispo de Bolonha, Zuppi tem 69 anos e é identificado com o estilo pastoral de Francisco. Conhecido como “padre de rua”, prioriza o cuidado com migrantes e os pobres. Lidera atualmente a Igreja Católica Italiana e seria o primeiro papa italiano desde 1978.

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