Inicia hoje o conclave para escolher o novo Papa

Começa nesta quarta-feira (7), no Vaticano, o conclave que elegerá o próximo Papa. A primeira votação ocorre no período da tarde, com a fumaça branca ou preta sendo liberada por volta das 14h.
A escolha ocorrerá na Capela Sistina, onde os 133 cardeais eleitores ficarão reunidos em isolamento. Para ser eleitor, o cardeal deve ter menos de 80 anos. A escolha é concluída quando um deles receber, no mínimo, 2/3 dos votos dos demais colegas.
No primeiro dia, haverá uma única votação. É improvável que um consenso seja alcançado tão cedo. No segundo dia, ocorrem quatro votações. Nesse dia, os nomes começam a se destacar e as escolhas começam a ficar mais definidas. Não existe data para terminar.
A missa que antecede o conclave, chamada “Pro Eligendo Romano Pontifice”, começou às 5h de Brasília (10h na Itália). Em seguida, ocorre a procissão de cardeais eleitores à Capela Sistina, onde prestam o juramento para a eleição do pontífice.
Brasileiros
Sete cardeais brasileiros participarão do conclave. Eles estão na Casa Santa Marta, local onde o Vaticano abriga hóspedes. Os cardeais ficarão ali isolados com os demais colegas até que um Papa seja eleito.
Os cardeais brasileiros são dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo; dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro; dom Sergio da Rocha, arcebispo de Salvador; dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília; dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus; dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB; e dom João Braz de Aviz, que mora em Roma.
Conclave
O conclave é o processo pelo qual a Igreja Católica Apostólica Romana escolhe o novo Papa. Ele é realizado após o falecimento do atual Vicário de Cristo. Aos católicos, não é um processo meramente formal, mas com importância espiritual e histórica, que remete a quando Jesus Cristo escolheu Pedro.
Para realizar o conclave, a Igreja convoca cardeais votáveis, com menos de 80 anos. Eles se reúnem em regime de isolamento, durante o qual devem escolher o nome dentre um deles. A escolha é feita por meio de votação.
Após a eleição, o novo Papa decide como deseja ser chamado. O escolhido deve responder duas perguntas, feitas em latim: “Acceptasne electionem de te canonice factam in Summum Pontificem?” (Você aceita sua eleição canônica como Sumo Pontífice?) e “Quo nomine vis vocari?” (Como quer ser chamado?).
Com o processo validado, o protodiácono da Igreja apresenta o novo pontífice da varanda da Basílica de São Padro à multidão de fiéis presentes na praça do Vaticano.
Para fazer o anúncio, o protodiácono profere a seguinte frase em latim: “Nuntio vobis gaudium magnum: habemus papam! Eminentissimum et reverendissimum dominum (nome de batismo do Papa), qui sib imposuit nomem (nome escolhido pelo Papa). Em português: “Anuncio-vos com grande alegria: Temos um Papa! O eminentíssimo e reverendíssimo senhor [nome de batismo], que se impôs o nome de [nome escolhido]”.
O Papa escolhe seu nome como forma de homenagear santos e Papas antecessores. É uma forma de anunciar suas afinidades e inspiração. O nome de batismo do Papa é então substituído pelo seu nome de escolha. Isso não é obrigatório, mas uma tradição seguida a séculos.
(Com informações de Gazeta do Povo e Vatican News. Imagem: Bogdan Korneker / Pixabay)

Jornalista, formado em Gestão Pública e especialista em planejamento e gestão estratégica e atua como empresário na área de comunicação e marketing político há mais de 15 anos.