Maioria dos brasileiros acredita que polícia prende mas Justiça solta, segundo pesquisa
Pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta semana sugere que a maior parte dos brasileiros percebe impunidade na Justiça brasileira. 86% dos entrevistados concorda que a polícia prende e a Justiça solta. Apenas 11% dos brasileiros discordam disso. 1% foram neutros e 2% preferiram não responder.
Esse sentimento de impunidade na Justiça está em todos os lados políticos. 92% dos eleitores de Bolsonaro e 82% dos eleitores de Lula em 2022 concordam com a afirmação. Entre abstenções, votos brancos e nulos, 82% concordam existir essa impunidade.
Predomina a opinião de que o governo federal deveria atuar no contexto. 70% dos entrevistados considera esse tema um problema nacional. Apesar de as polícias Civil e Militar serem administradas por governos estaduais, apenas 26% acredita que o problema seja regional.
Prevalece a opinião de que o governo federal deveria tomar parte na busca por solução. 85% dos entrevistados concorda que a segurança pública deve ser abordada pelos governos estaduais e federal. 9% acredita que deva ser apenas por governos estaduais. O restante não soube responder ou não se posicionou.
A percepção de piora na segurança pública é presente na maior parte dos entrevistados. 47% percebeu aumento da violência na própria cidade nos últimos 12 meses. 36% dizem que a situação permanece igual. 15% afirma perceber alguma melhora.
A atuação dos governos na segurança pública é reprovada pela maior parte dos entrevistados. 38% reprovam a gestão do atual presidente da República na segurança pública, 32% avaliam de forma regular e 25% avaliam de forma positiva. Sobre os governos estaduais, 36% aprovam, 28% reprovam e 29% considera regular.
A pesquisa foi feita entre 27 e 31 de março. Foram 2 mil entrevistados presenciais em todo o país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.
(Fonte: R7 / Revista Oeste. Imagem: fabrikasimf / Freepik)
Jornalista, formado em Gestão Pública e especialista em planejamento e gestão estratégica e atua como empresário na área de comunicação e marketing político há mais de 15 anos.
